A Ética na Inteligência Artificial

Inteligência artificial, IA (ou AI, de artificial intelligence) é uma tecnologia que permite que sistemas simulem lógica similar à humana, indo além de códigos com ordens específicas para tomadas de decisões e baseando-se em padrões de enormes bancos de dados.

Assim, podemos definir inteligência artificial de modo simples: a capacidade das máquinas de agirem como seres humanos, isto é: aprender, analisar e então decidir qual caminho ou decisão tomar de forma racional e diferente em determinadas situações.


Entretanto, é importante ressaltar que “ensinar computadores a pensar” não é assim tão simples. A inteligência artificial passa por diversas áreas da ciência da computação, como:

Com todos esses elementos compondo tudo o que é a inteligência artificial, que em sua essência, busca permitir que sistemas possam tomar decisões de forma independente, sendo precisos e apoiando-se em dados digitais. Assim, auxiliando o ser humano na resolução de problemas práticos, simulações e busca por respostas, potencializando  a capacidade de ser inteligente.

Contudo, com máquinas cada vez mais inteligentes, surge uma questão: o que, no futuro, nos diferenciará de computadores?

Mesmo que pareça parte de uma fantasia utópica, um dos pilares da AI é liberar profissionais de tarefas mecânicas e repetitivas para que os mesmos possam usar o máximo de sua capacidade para criar e inovar em outros setores. E mesmo que isso pareça uma coisa boa, a substituição de seres humanos por máquinas traz consigo uma grande mudança no mercado de trabalho e que, certamente, irá acabar com diversas vagas em um futuro próximo.

Além disso, um outro ponto de grande destaque é: máquinas que estão aprendendo a tomar decisões como seres humanos podem se tornar perigosas?

A resposta ainda é incerta pois não existem casos onde uma decisão e ação tomadas por uma máquina prejudicaram um ser humano, assim, o mais próximo que podemos chegar disso são falhas em modelos de carros com piloto automático que levaram ao atropelamento de pedestres na rua.

Porém, com base nisso, em novembro de 2019, durante uma sessão da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), teve início um processo de dois anos para elaborar o primeiro instrumento mundial de definição de padrões sobre a ética da inteligência artificial.
A partir de então, a entidade realiza uma série de consultas em comunidades acadêmicas, científicas e técnicas, buscando reunir diversas e plurais interpretações sobre este tema, já que sua regulação é um ponto crucial para o debate sobre inovação mundial.

Entre os conceitos discutidos e já estabelecidos estão:

A supervisão e determinação humana

Humanos são ética e legalmente responsáveis por todas as fases do ciclo de vida dos sistemas AI.

Proporcionalidade

As tecnologias não devem exceder ao necessário para atingir metas ou objetivos legítimos e devem ser adequadas ao contexto.

Administração do meio ambiente e da paz

Os sistemas devem contribuir para a interconexão pacífica de todas as criaturas vivas.

Inclusão de gênero

Não devem reproduzir as desigualdades de gênero encontradas no mundo real.

Ainda veremos muitos debates pela frente, acolhendo diferentes paradigmas éticos e levando em consideração a consciência pública, onde todos estejam cientes de seus direitos digitais, gerando uma base robusta de de princípios para garantir que a inteligência artificial sirva ao bem comum.

E, para quem se interessar pelo tema de forma mais distópica, recomendo “Detroit: Become Human”, um videogame de escolhas onde acompanhamos a história paralela de três androides que adquiriram consciência em um mundo onde a disputa entre humanos e máquinas é perigosa e inevitável.

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